Shakespeare absorve e revela, com sua genialidade, o embate entre estruturas simbólicas e desejo de expressão. Essa é uma angústia que se manifesta também em nosso tempo. Talvez por isso ele continue tão atual. Talvez também as pessoas estejam lutando por dizer os novos valores da era da informação utilizando o arcabouço simbólico que herdaram da era industrial. A sensação de insuficiência desse arcabouço, que Hobsbawn denuncia em Era dos extremos – o breve século XX (Companhia das Letras, 1996), se manifesta desde as pequenas práticas cotidianas – de que é bom exemplo o teatral de muitas cerimônias de casamento – até as formas mais amplas de organização do corpo político – conforme ilustram os debates sobre o papel do Estado. Neste livro, o autor busca perseguir essa hipótese central, porque acredita que discuti-la ajuda a sociedade a entender melhor algo daquilo a que já se chamou de angústia da condição pós-moderna.Shakespeare absorve e revela, com sua genialidade, o embate entre estruturas simbólicas e desejo de expressão. Essa é uma angústia que se manifesta também em nosso tempo. Talvez por isso ele continue tão atual. Talvez também as pessoas estejam lutando por dizer os novos valores da era da informação utilizando o arcabouço simbólico que herdaram da era industrial. A sensação de insuficiência desse arcabouço, que Hobsbawn denuncia em Era dos extremos – o breve século XX (Companhia das Letras, 1996), se manifesta desde as pequenas práticas cotidianas – de que é bom exemplo o teatral de muitas cerimônias de casamento – até as formas mais amplas de organização do corpo político – conforme ilustram os debates sobre o papel do Estado. Neste livro, o autor busca perseguir essa hipótese central, porque acredita que discuti-la ajuda a sociedade a entender melhor algo daquilo a que já se chamou de angústia da condição pós-moderna.