[...] O perfil de artista que emerge deste trabalho sintetiza os vislumbres e perplexidades que interpelam todo aquele que se lança à aventura da criação, em nosso tempo. Lúcido, mas também receptivo, de olhos, ouvidos, coração e mente abertos, expectante, atento aos sinais que lhe são segredados, ora do real, ora do imaginário, e quase sempre da mediação de imagens que apagam as fronteiras entre ambos, o artista ouve a voz das ruas, participa de medos e desejos coletivos, mas essa voz lhe traz simultaneamente o eco de sua infância profunda, que ressoa na Casa, no Quintal, no Jardim. Cleise Mendes