Hoje, de fato, o que está posto em jogo é a atuação do Estado, o seu papel, diante de relações cada vez mais complexas, e cabe a nós perceber que já não é possível ignorar a presença ascendente e ativa do Terceiro Setor. É inevitável que tal debate seja aflitivo, incomode, angustie, pois de um lado tem-se o temor, quase reverencial, em relação ao que poderia vir a ser a perda do Estado-Nação, e do outro, libera-se a força positiva do coletivo que, bem organizada e consciente, pode ser harmonizada com as esferas pública e privada. Não mais podemos ignorar esse momento de profunda mutação, de evolução ou, quem sabe até, de revolução por que passa o Direito Administrativo. Assim, O Novo Direito Administrativo Brasileiro, que ora publicamos, é um momento de raro debate a respeito de todos esses sérios questionamentos, atuais e palpitantes. De início, destacamos a participação, entre outros, do professor José Geraldo, autor do Prefácio e da obra Direito Achado na Rua; do professor Cristiano Paixão.