“Caetano Veloso faz a canção pensar e o pensamento cantar”, escreve o filósofo Pedro Duarte no ensaio de sua autoria que compõe o livro Objeto não identificado: Caetano Veloso 80 anos, organizado por ele. É justamente por ser esse “superastro” que canta, escreve livros, filosofa e compõe músicas que estão no imaginário do país desde que surgiu na cena artística, na década de 1960, que Caetano é objeto desses e de tantos outros estudos sobre a sua obra. Mas não é só isso. Como Pedro Duarte aponta na apresentação do livro, “Caetano permanece o mesmo em mutação”, ou seja, uma fonte inesgotável de deleite e um prato transbordante para a crítica. O livro, então, busca acompanhar o sobrevoo na Terra deste objeto não identificado ao longo de sua carreira.