A emocionante narrativa de Urariano Mota envolve o leitor, não importa a idade, basta ter espírito jovem e o sonho de um amanhã melhor. Nas páginas deste romance de combate é contada a verdade íntima que atingiu em cheio os jovens que atravessaram a ditadura brasileira, ou como descrito na obra: E porque somos agentes da duração, a nossa vida é a resistência ao fugaz. O escritor faz uma intersecção precisa e emocionante do tempo literário e político: o amor, a militância e o sexo em uma memória histórica que vai de 1970 a 2017, onde a imortalidade é construída na rebeldia que resiste.Nas páginas de A mais longa duração da juventude, a imortalidade é construída na rebeldia que resiste. Neste romance, é contada a verdade íntima dos jovens que atravessaram a ditadura brasileira, ou como o escritor fala no livro: "E porque somos agentes da duração, a nossa vida é a resistência ao fugaz. Nós só vivemos enquanto resistimos. Nós alcançamos a imortalidade, isto é, o que transcende a sobrevivência ao breve, porque a imortalidade não é a permanência de matusaléns decrépitos. Nós só a alcançamos pelo que foi mortal, mortal, e sempre mortal não morreu." A paixão é isto, o trompete de Louis Armstrong, a voz de Ella Fitzgerald, aquela pergunta de Luiz do Carmo em frente ao Cine São Luiz, 'como vais escutar Ella se não tens vitrola? '. Nós seremos os grãos de pó que escreveram estes dias".