Um importante capítulo na história do mundo dos livros no BrasilA marca do Z é mais que o perfil de um grande editor. A vida de Jorge Zahar se confunde com a história das ideias no Brasil no século XX. Livreiro que se tornou editor, inaugurou entre nós a edição profissional de ciências humanas, colaborando decisivamente para a formação de sucessivas gerações de leitores. Autodidata que amava poesia, música e cinema, Jorge Zahar gostava de dizer que editor não é necessariamente um intelectual, mas alguém sensível ao fenômeno cultural. E isso ele soube ser como poucos na dedicação apaixonada ao catálogo que construiu. "Um importante capítulo na história do mundo dos livros no BrasilA marca do Z é mais que o perfil de um grande editor. A vida de Jorge Zahar se confunde com a história das ideias no Brasil no século XX. Livreiro que se tornou editor, inaugurou entre nós a edição profissional de ciências humanas, colaborando decisivamente para a formação de sucessivas gerações de leitores. Autodidata que amava poesia, música e cinema, Jorge Zahar gostava de dizer que editor não é necessariamente um intelectual, mas alguém sensível ao fenômeno cultural. E isso ele soube ser como poucos na dedicação apaixonada ao catálogo que construiu.Do primeiro título publicado, Manual de sociologia, em 1957, às coleções inovadoras e às obras de referência nos anos 1990, lançou quase 2 mil títulos, que deram ao leitor brasileiro informação e formação nas mais diversas áreas – psicanálise, sociologia, música, antropologia, história, cinema, filosofia, política, economia, ciências, teatro…Com sua formidável antena para clássicos e contemporâneos, “revelou” Jacques Lacan ao público brasileiro e transformou em best-seller História da riqueza do homem, de Leo Huberman, que considerava o livro de sua vida. Na impressionante lista de autores que publicou estão Freud, Marx, Mircea Eliade, Althusser, Erich Fromm, Fernando Henrique Cardoso, Garcia-Roza, Bertrand Russell, Norbert Elias, Gilberto Velho, Eisenstein, Žižek e Bauman.Escrito por Paulo Roberto Pires de forma afetuosa e pesquisado com minúcia, este livro revela também que a atuação intelectual de Jorge Zahar esteve sempre ligada à sua herança afetiva. Com os amigos fundamentais Ênio Silveira e Paulo Francis manteve décadas de íntima cumplicidade, atravessada por momentos dramáticos nos anos imediatamente posteriores ao golpe de 1964. "