Dividido em 10 capítulos, com um total de 319 páginas, a obra é resultado de um estudo que nasceu com base em uma reportagem, publicada por um jornal de São Paulo em 13 de maio de 2005, data em que se comemora a abolição da escravatura no Brasil. A reportagem abordou o caso de Manoel Menezes da Silva, um morador de rua de 67 anos, que após uma verdadeira caçada humana, com o apoio da guarda municipal, foi internado, por ordem do secretário da Assistência e do Desenvolvimento Social do município de São Paulo, no Pinel - Hospital Psiquiátrico, sob a falsa alegação de insanidade mental. Assim, de acordo com o autor, a obra traz à tona a ineficácia das normas e do estado, com críticas explícitas ao sistema assistencial brasileiro, em especial à ação dos agentes municipais de saúde ao lidarem com os moradores de rua.