Este REABITAR de primorosa poesia oferece poemas reinando em contínua corrente, onde imagens e mensagens tendem a fundir-se umas nas outras, num fluxo de pensamento cujo leito salta da página para atingir a mente do leitor. É um livro prenhe de dizeres que nos remetem para outras descobertas - para outros caminhos, num sucedâneo de linguagens poéticas. Ele diz dos invisíveis enraizados em escombros e, em alumbramentos, irrompe a luz para além da matéria como quem roga um interlúdio, um sono talvez, para o cansaço do que há na realidade. Nesse campo, clareira de imagens e orações milagreiras cultivadas pela linguagem poética de um REABITAR, fazemos um percurso de visão e escuta e ao reabitar a casca corpórea do pensamento, nos sobressaltamos com os sentidos aflorados de quem após ouvir a oração dos mortos, ainda pode ouvir a natureza sussurrar um vento pacífico e pousar os olhos em nascentes.