Frédéric Barbier propõe uma história das bibliotecas a partir de uma estrutura cronológica ampla, adotando uma perspectiva comparativa: parte das bibliotecas da Antiguidade clássica, passa pelas da Idade Média, acompanha as mudanças decorrentes da invenção de Gutenberg, testemunha tanto a difusão do modelo da “biblioteca mural”, até o final do século XVIII, como a problemática da coletividade e da leitura pública, no século XIX, até enfim chegar à pós-modernidade marcada pela desmaterialização das novas mídias e pela generalização de uma acessibilidade em tempo real. Para o autor, a biblioteca sempre foi uma instituição de transferência cultural, um lugar de encenação e um meio de legitimação do poder, sendo necessário considerar, assim, não só as transformações materiais, mas também a influência do mundo das bibliotecas sobre o mundo do pensamento, das ideias, da informação e da política.