Os jornais anunciavam: em treze de novembro de 1989 o mundo iria acabar. Neste dia, José Ferraz de Almeida Junior, pintor brasileiro de maior prestígio no século XIX, deparou-se com a morte, aos 49 anos. Foi apunhalado de surpresa, em praça pública, pelo marido de sua amante. Meses antes, Almeida Junior havia criado duas obras comoventes, Saudade e Partida da monção, retratando, por coincidência ou premonição, sensíveis diálogos em torno das despedidas de pessoas amadas. A morte no fim do mundo traz um panorama da obra do artista e narra com riqueza os detalhes desse trágico triângulo amoroso.