Cultura e identidade são temas passíveis de grande diversidade de enfoques. Nesta obra, ocorrem pelo discurso da Educação, da Literatura e da Linguagem. Em Educação, versa-se sobre a educação de índios versus não-índios, segue-se pelo exercício de repensar a cidadania almejando a participação dos sujeitos nas ações coletivas, retoma-se o projeto neoliberal mais especificamente a escola nos assentamentos de Reforma Agrária do Incra, enfoca-se o discurso da discriminação racial relativo a alunos de ascendência negra e termina-se nos diferentes significados que o binômio disciplina e indisciplina pode assumir no âmbito educacional. Em Linguagem, o acontecimento discursivo da (falsa) intenção de civilidade, cidadania e respeito ao indígena constante em uma lei do Brasil-Colônia deixa nu o interesse de territorialização dos colonizadores, assim como o mencionado objetivo de interatividade e agenda no Blog do Planato no Brasil atual formaliza-se como propaganda política; por outro lado, identifica-se a presença dos discursos sócio-ideológico-culturais femininos instituídos na sociedade patriarcal nos de mulheres atuais e mostra-se a premência de que o desvelamento discursivo seja prática constante na escola. Em Literatura, na cultura pós-moderna, percebe-se o discurso metafórico como figurativização das dimensões de uma vivência conflituosa, a legitimação do poder em um grupo pelo mero reconhecimento de um discurso baseado em pacto de cidadania e sapiência, o discurso das imagens bíblicas como desvelamento do sagrado na expressão poética e o do novo mundo pós-moderno projetado nos corpos de personagens humanos e de colônias de insetos. Enfim, uma apoteose discursiva!