Clara Rosa estava muito feliz por seu pai ter voltado a morar em Nova Jersey. A mãe de Clara Rosa, essa sim, não parecia nada contente. Logo os dois precisariam decidir judicialmente os termos de custódia compartilhada da filha e isso significava muitas brigas. Clara Rosa sabia que metade dela pertencia à mãe, a outra era do pai e, claro, sentiu-se péssima. Para completar, mamãe disse que furar as orelhas estava fora de cogitação. Papai também não quis nem saber. Clara Rosa, então, tomou uma decisão radical. Alguma coisa, por menor que fosse, tinha que pertencer apenas a ela. Por que não começar pelas orelhas?