Procurei neste trabalho fazer um ponto da situação presente da justiça em Portugal, descrever o que parecesse mais expressivo dos raros estudos empíricos disponíveis, interpretar os problemas nos contextos teórico e jurídico-dogmático em que devem ser formulados e desenhar soluções, recusando tentações demagógicas. O tema da justiça e o papel nuclear aí desempenhado pelo poder judicial foram objecto de tratamento específico no projecto de investigação que conduziu à minha dissertação de doutoramento, em 1995. Por isso, retomo parcialmente esse texto com as indispensáveis actualizações, aligeirando de requisitos académicos que se tornaram supérfluos, adaptado ao espírito desta colecção e ao público a que se dirige.