Logo que comecei a esboçar o conteúdo deste livro, concluí que o nome MEXA-SE lhe cabia perfeitamente. Assim, conjugado no modo imperativo, o verbo mexer é um sopro de vida e de liberdade. É uma palavra de ordem, uma ordem carinhosa. É um incentivo à ação, um chamado, um grito um tanto impaciente, mas esperançoso, um sermão de pai, um conselho de avô. MEXA-SE, o verbo e o livro, uma bandeira que levanto na intenção de mexer com iniciativas de movimento. Minha intenção com o MEXA-SE é mais que falar da atividade física. A proposta deste guia é contextualizar a prática física em si, apresentando também o conjunto de conceitos, ideias, atitudes e transformações que a tornam possível e, mais que isso, a complementam. Meu desejo é que, um dia, todas as pessoas saibam como é bom praticar uma atividade física, qualquer que seja, mexer o corpo, suar, sentir o prazer de fazer tudo de que o ser humano é capaz. Eu anseio que no futuro a atividade física não seja receitada como remédio para doentes cheios de complicações decorrentes do sedentarismo, mas, sim, adotada e propagada como parte da cultura de um povo, como forma de lazer, como hábito prazeroso, como parte do dia a dia. Este livro não é uma propaganda de músculos peitorais, glúteos firmes, nem uma promessa de poder performático. Acredito que o MEXA-SE seja um livro de pensamentos, de reflexão para o bem-estar. Um dos meus principais propósitos ao escrevê-lo foi levar a público os benefícios de se converter à cultura da prática física para uma vida com mais qualidade.