Há a possibilidade de medir o quanto uma pessoa consegue se transformar, despojando-se de suas determinações históricas? Se é difícil precisar esta questão, nesta obra - em forma e conteúdo - Neide Marcondes vem revelar como, à sua maneira, logrou seus desejo de se metamorfosear, de sair do casulo e se transmutar em borboleta. Ciente de que não há cisão precisa entre subjetividade e objetividade, sua batalha cotidiana é a de uma guerrilheira, pode-se dizer, no sentido estrito do termo. E não de forma oculta, pois que, culta, corajosa e publicamente, utilizando parte de seu repertório de trabalhos como artista plástica, e baseada em teorias matemáticas e ideais filosóficos sempre no interior do espírito de sua época, mostra como é concebível e necessário o ponto de contato entre subjetividade e objetividade.