Com O triste fim de Policarpo Quaresma e O homem que sabia javanês, ambos do escritor Lima Barreto, continuamos nossa Coleção Literatura para Juristas. No volume 3, publicamos, do mesmo autor, O Cemitério dos Vivos, no contexto das relações entre razão e loucura, concomitantemente a O alienista, de Machado de Assis. No presente volume exploramos os temas do ufanismo e da mentira, ou também nacionalismo e estelionato. O triste fim de Policarpo Quaresma revela-nos um ufanismo despropositado, que transcende para o ridículo, não fosse a pureza e a redenção do personagem. O homem que sabia javanês mostra-nos a astúcia do personagem central, desprovido, no entanto, de qualquer referência ética. Trata-se de um explorador da boa-vontade e da fé alheias. Comete, como veremos, estelionato cultural, propondo-se a lecionar uma língua que não dominava.