Em "Nossos valores em risco", o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter analisa de que forma os "valores morais" se relacionam com questões importantes dos dias de hoje. Defende a separação entre a Igreja e o Estado e faz um alerta sobre os rumos de seu país em face da interferência entre a POLÍTICAe o fundamentalismo religioso conservador. O livro debate, entre outras coisas, questões fundamentais e controvertidas originadas antes de Carter ter se tornado presidente dos Estados Unidos, na década de 1970. Entre elas, a pena de morte, a ciência versus a religião, os direitos da mulher, a separação entre religião e política, a homossexualidade, a POLÍTICAexterna dos EUA e a imagem do país perante o mundo, as liberdades civis, a ameaça do terrorismo, a proliferação de armas nucleares, a prevalência dos armamentos bélicos, a opção entre guerra e paz, a qualidade do meio ambiente e a justiça aos menos privilegiados. Jimmy Carter também analisa por que os partidos democrata e republicano deflagraram uma disputa tão acirrada nos Estados Unidos, recorrendo, em alguns momentos, à propaganda caluniosa para vencer eleições e levando a população a adotar as cores "vermelho" (republicano) e "azul" (democrata) como epítetos para distinguir cada estado. Fala da reação que o país teve diante do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 e sobre o impacto negativo de algumas decisões políticas adotadas pelo país no século XXI. Destaca também a quantidade maciça de dinheiro que vem sendo injetada no processo político norte-americano, com a influência sem precedentes de interesses particulares nas deliberações paulatinamente mais secretas dentro do governo. E conclui que a influência destas várias tendências e fatos representa uma ameaça a muitos dos costumes históricos e compromissos morais do país, tanto dentro do governo quanto nos templos religiosos.