A Pedagogia do oprimido, de Paulo, superou todas as experiências brasileiras, e mesmo mundiais, em favor dos oprimidos, até então conhecidas porque uniu como ato indissolúvel, que na realidade é, a questão política das reivindicações de classe com a necessidade do ato de escolarizar-se, de educar-se. Foi mais além: deu foro político ao campo educativo [...]. Enfim, criou dentro e a partir da dinâmica sócio-histórico-cultural uma teoria do conhecimento dialógico-libertadora. Proclamou, assim, a dialeticidade e a politicidade do ato de educar. Reconheceu como necessária ao ato de educar a amorosidade. Culminou seu sonho possível na crença de que homens e mulheres novos poderão estabelecer, em união, a democracia.