As milícias ganham cada vez mais espaço nos noticiários, disputando atenção com o tráfico de drogas. Se antes eram antagonistas e as primeiras eram vistas como um mal menor, hoje a realidade nos mostra que os métodos empresariais adotados pelos milicianos tornam sua atuação cada vez mais perigosa e nociva para a população sujeita aos seus desmandos. Com atuação diversificada, sempre buscando o lucro, não importa se extorquindo trabalhadores informais como flanelinhas ou construindo mansões em áreas de preservação ambiental, os milicianos se aproveitam do seu braço político para gerir mais e mais espaços. O livro busca apresentar a atual formação das milícias, traçando um diagnóstico a ser utilizado não só pela ótica das políticas de segurança pública, mas principalmente pela perspectiva do direito urbanístico. Fosse o Estado mais atuante nas regiões periféricas, teriam os milicianos sucesso na sua estrutura de poder e dominação?