Quem caminhou a dois jamais ficará sozinha: Um amor inteiro, discreto, quieto, sossegado às vezes, inquieto outras, e sempre se infiltrando por todos os poros. Um amor de quarenta e três anos, como o acima descrito pela autora deste livro, só poderia lançar-se ao mar, jamais em algum lugar sem imensidão e poesia. O segredo da sobrevivência da personagem que conduz todos os contos, Maria Antônia, foi descobrir, aos poucos, que a solidão é boa companhia; principalmente quando é povoada por lembranças, transformadas em palavras, que deslizam pela tela do computador. Assim, Maria Antônia lentamente deixou de chorar e começou a sorrir, assumindo seu novo papel de escritora, sonho de infância que acalentava desde que leu A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, do genial Julio Verne. Maria Antônia é o alter ego de Bernadete Kurtz, uma personagem digna de vestir a beca de uma das mais combativas e respeitadas advogadas gaúchas. Agora uma escritora que nos encanta, e nos encantará. Porque aprendeu que contar histórias, além de ser uma arte guerreira, também é um ato de amor. - Alcy Cheuiche, Porto Alegre Feira do Livro de 2018