Filho de um assistente de palco e de uma corista, Bunker foi - aos dezessete anos - o detento mais jovem de San Quentin, uma das prisões mais famosas dos EUA. Suas experiências duramente adquiridas nas ruas mais perigosas de Los Angeles, no amargo submundo de Hollywood, nas prisões mais duras da Califórnia e em diversos locais de reabilitação renderam farto material para que ele escrevesse alguns dos romances mais audaciosos e emocionantes de nosso tempo. Foi na cadeia que Bunker descobriu a literatura e se tornou um leitor ávido. Sua primeira máquina de escrever foi um presente de Louise Fazenda Wallis, esposa de Hal Wallis e sua protetora, enquanto cumpria pena. Sua vida e as pessoas que passaram por ela foram de grande contribuição para seus livros, 'Nem os Mais Ferozes', 'Cão Come Cão', 'Little Boy Blue', 'Animal Factory' e para esta autobiografia. Desde seu primeiro cárcere, o internato para onde foi mandando aos quatro anos, até sua libertação definitiva, aos 22, Bunker revela, sem restrições, momentos únicos de sua vida - como fumar um baseado na câmara de gás, deixar suas impressões digitais numa faca utilizada por um serial killer, freqüentar os becos mais sórdidos de Hollywood e nadar na luxuosa piscina de Netuno em San Simeon. Nada é mais real que isso. Ele passou a primeira metade de sua vida no inferno e a outra metade escrevendo sobre esse inferno