Nesta história de teatro, ilustrada como teatro de sombras, as personagens são o zé e o mané, e a história é de medo. Tem o galo que anuncia o dia e tem o narrador, que vai ajudando o andamento das cenas. Quem vai fazer o papel de zé? e o de mané? e quem quer ser o lobisomem? a peça pode ser encenada por pessoas, mas, aqui, para acender a imaginação do leitor, as cenas vêm ilustradas com recorte de papel, uma técnica oriental chamada kiriê, usada para criar quadros e gravuras. Originária da chi na, ela consiste em formar figuras e desenhos em papel em geral de diferentes cores com a ajuda do corte de um estilete ou de uma tesoura, como fizeram o artista francês henri matisse e o grande pintor catalão pablo picasso. A colagem, um procedimen to divertido de colar lado a lado diferentes imagens recortadas em papel, era considerada brincadeira de criança até que, no começo do século 20, foi usada como técnica de criação plástica, transformando-se em arte. O teatro de sombras, muito popular no oriente e em países ocidentais, é uma arte antiga de contar histórias com figuras recortadas para produzir sombras com o auxilio de um foco de luz. Os personagens são manipulados manualmente, com o auxilio de varas, fios, objetos e até mesmo a si lhueta do próprio corpo.