Identificando um liame necessário entre o capitalismo e os direitos humanos reconhecidos no século XX, em especial os direitos sociais e de solidariedade, a presente obra nada contra a corrente das interpretações doutrinárias sobre os direitos humanos e questiona o seu potencial emancipador, justamente por ter em vista as profundas conexões entre a ordem social capitalista e os direitos que deveriam, supostamente, tolher os seus “excessos”. Nessa perspectiva, esses direitos seriam mais uma consagração do capitalismo em suas íntimas determinações do que um remédio para os seus males.