Imagens marcadas pelo movimento de exploração dos devaneios, associação livre de elementos de natureza distintas, estudos estéticos do pensamento metafísico, amostra de exercícios de navegação pelo inconsciente por meio do automatismo psíquico nas mãos de Michael Löwy, pensador marxista, ecossocialista e surrealista radicado na França, conceitos filosóficos ganham forma de quimeras no papel em traços marcados, acima de tudo, pela espontaneidade. Em Luz negra: rabiscos, collages e guaches surrealistas as edições 100/cabeças apresentam pela primeira vez o trabalho visual de Löwy. Trata-se de um panorama de sua produção, que se inicia a partir de seus primeiros contatos com o surrealismo ainda na juventude, quando encontra Benjamin Péret em 1958, em Paris, e chega aos dias atuais. Marcante em seus estudos, o uso do traço livre percorre o branco das páginas dando contornos fluidos e cores que demarcam os territórios do inconsciente. [...]