A prosa de Andreas Chamorro, contista veterano, desabrocha ao ganhar as páginas de uma narrativa de maior fôlego. Marcada pelo signo da madona contra o qual se rebelou quando ainda era criança, Maria sempre teve a convicção de que não seria mãe. No entanto, uma viagem com os colegas de trabalho e o breve envolvimento com um deles num areal qualquer de Ubatuba põem suas certezas em xeque. Transitando na vastidão entre sua liberdade de escolha e instintos ancestrais, Maria é uma protagonista complexa que instiga simpatia e aversão na mesma medida, um retrato fiel das dores humanas inevitáveis mesmo para quem tem nome de santa.