Ler o passado sob a melhor luz a fim de encontrar pistas que auxiliem na (re)construção de uma prática processual com aqueles requisitos não é, pois, tarefa fácil. Mas, no nosso caso, a questão é ainda mais complexa quando percebemos a crise de nossas instituições que não tem poupado o Judiciário, objeto direto das discussões aqui. A politização do Judiciário em direção ao ativismo isto é, a assunção de tarefas políticas por este em substituição ou em confronto com o Legislativo, tomando o lugar representativo e/ou de vanguarda iluminista da Nação faz com que este deixe de julgar casos e passe a julgar teses e saia da função de discutir questões de princípio para discutir questões de política (no sentido dado por Dworkin, mais uma vez). O presente livro vem nos socorrer desses desafios(...) O estudo transdisciplinar aqui proposto, combinando as questões do Direito com a Psicologia, a Neurociência e a Filosofia, mostra que a crença no poder da racionalidade, que vem do Iluminismo[...]