A Odontohebiatria, cuja atuação do cirurgião-dentista está voltada para o atendimento do adolescente, tem provocado a curiosidade, bem como o aumento do interesse desses profissionais por essa área. Até recentemente, o adolescente era atendido como um adulto. Na realidade, se formos abordar este capítulo da Odon­tologia baseados apenas nos dentes e nas estruturas bucais de forma estática, essa semelhança é muito próxima. Entretanto, se o ângulo de observação passar a ser a mesma cavidade bucal com o dinamismo que essas estruturas apresentam no jovem, quanto ao ataque das doenças e suas defesas, veremos que ocorrem diferenças, muitas vezes, acentuadas. Outro aspecto a ser consi­derado é o grau de qualidade de resposta que sempre é muito maior nesse período da vida. Portanto, a biologia é semelhante, mas não igual, entre o adulto maduro e o adolescente. O livro Manual de Odontohebiatria destaca que se deve levar em consideração os aspectos emocionais, a expectativa de saúde, a visão do belo e a proposta do indivíduo para si, e é aí que há uma diferença visível e palpável do jovem recém-saído da infância quando comparado ao indivíduo amadurecido. É nesse momento que os cirurgiões-dentistas devem estar mais preparados para lidar e satisfazer esses pacientes cheios de vontades e anseios.