A Arqueologia brasileira apresenta uma trajetória longa, desde seus inícios no século XIX, e, a partir de meados da década de 1980, surgiu uma variedade de abordagens e de engajamentos sociais da disciplina, que passou a interagir, cada vez mais, com os grupos sociais e a adotar posturas menos elitistas. O desenvolvimento da legislação de proteção do patrimônio, também resultante da democratização, gerou um crescimento notável das pesquisas de campo e favoreceu a inclusão dos interesses de indígenas, quilombolas e da população comum em geral no campo das preocupações da Arqueologia. Este volume insere-se nesta renovação da Arqueologia, ao tratar dessas diferenças e ao congregar temas e estudiosos estrangeiros e brasileiros, homens e mulheres, experientes e iniciantes, rompendo com hierarquias tradicionais que consagram discursos dominantes a serem seguidos.