Os homens, pensava Kant, são ao mesmo tempo impelidos a associar-se e inclinados a isolar-se. Esta contradição explica a sua ocupação do espaço no tempo: concentrações de populações, circulações de migrantes e, entre as duas, construções de labirintos. Esta geometria social é representada aqui nos seus fundamentos, nas suas representações e nos seus objetos. Este livro é um manifesto dirigido às ciências que se dizem em crise, no momento em que elas são tão eficazes como nunca o terão sido, contra os preconceitos que alimentam os medos, quanto ao risco de invasão ou relativamente à existência de uma população de cepa.