Nesta obra, Roberto Esposito faz uma leitura provocadora e singular do papel das instituições na atualidade, especialmente diante das crises sanitária, econômica, social e política que têm afetado o mundo. Contrapondo-se à tradicional visão repressiva, Esposito ressalta o processo de instituição como uma práxis inovadora, convidando-nos a repensar sua relação com a política e a vida. Escrito durante a pandemia, o livro analisa a relação entre sociedade e Estado dentro das dinâmicas institucionais, questionando a ideia de que as instituições são meramente uma imagem refletida e imóvel do Estado. Nesse contexto, o autor defende a exigência de devolver à vida os traços instituintes que se encontram no próprio conflito político da práxis instituinte; além disso, destaca a importância das instituições como espaços de revitalização do pensamento, para que novas formas de vida possam vir a ser instituídas em tempos tão desafiadores.