MÍMESIS E ARREDORES consta de três partes. A primeira e mais extensa trata das relações que a mímesis, revisitada e reformulada pelo autor, mantém com sua história na Antiguidade grega, com a questão do controle do imaginário, com a imagem, extensamente com sua presença no Lukács jovem e, depois, em sua fase stalinista, com a catarse nos Cemitérios pernambucanos do poeta João Cabral de Melo Neto. A segunda reapresenta a tradução das cartas de Erich Auerbach a Walter Benjamin, incluindo aquela em que o missivista indaga se Benjamin não se interessaria em vir ensinar literatura alemã em universidade que então se fundava em São Paulo, e ensaio de Werner Krauss, que havia sido assistente de Auerbach, sobre a experiência de viver sob o nazismo. Completa a segunda parte a extensa discussão realizada em 2015, na Fundação da Casa Rui Barbosa, sobre a obra do autor. A terceira parte reúne artigos e resenhas sobre a influência do golpe de 1964, sobre a vida intelectual brasileira e acerca de autores novos ou pouco divulgados.