O conteúdo tem por objeto o estudo da Criminalização das Culturas Periféricas, sob a perspectiva da Criminologia Cultural, buscando entender no contexto nacional e também internacional o porquê de manifestações culturais, tradições, identidades, símbolos e significados são objetos de uma política penal, em detrimento de uma política cultural. Para entendermos melhor a Criminalização Cultural, o autor propõe inicialmente um mergulho pela dicotomia criminológica das Teorias do Consenso e do Conflito. Assim, como base em uma Criminologia do Conflito associando as premissas Teorias das Subculturas Delinquentes, Labelling Approach e Crítica, que emerge a Criminologia Cultural. Para o êxito do trabalho, foram utilizados procedimentos de análise histórica, filosófica sociológica, criminal e comparativa, visando sempre a interdisciplinariedade do estudo. A pesquisa empregada consiste em consultar fontes primárias como, legislação, jurisprudências: nacionais e internacionais, além de extensa pesquisa bibliográfica. Entre outros tópicos, foram abordados os desafios do multiculturalismo, o qual traz as sociedades ocidentais por meio da imigração, cultura, tradição e costumes, que são tidos como criminosos nas sociedades ocidentais; os atos de vandalismo e violência no contexto do lazer, à luz dos pensamentos criminológicos; o tédio como fator determinante aos atos de subversão; a influência punitiva pela mídia e a fabricação de pânicos e panaceias morais; as políticas de tolerância zero em relação às culturas dos marginalizados. Fomentar a discussão criminológica e expandir o estudo das teorias criminológicas contemporâneas tem sido nosso principal objetivo e o presente livro é um instrumento bastante útil nas pesquisas sobre Criminologia Cultural.