A contemporaneidade convoca práticas interdisciplinares, dentro e fora da academia, para a construção de saberes e o encontro de soluções para os problemas inclusive em escala macro. As ações interdisciplinares, por sua vez, estão a requerer, das partes envolvidas, o aperfeiçoamento da postura ética que implica o respeito pelo modo de pensar e agir do outro, próprio da condição humana. Mas eis que as zonas de interface não são habitadas somente por humanos. Ali se inserem elementos de natureza muito estranha, geradores de tensões criativas que precisam ser administradas para que não se degenerem em conflito. Que elementos são esses? Seria possível, por conseguinte, pretender para a interdisciplinaridade uma fisionomia que a identificasse menos com o grande principio ético da tolerância e mais com as ideias de sobrevivência e sustentabilidade de todos os envolvidos? Que novos devires poderão ser desenhados a partir de então?