Muito antes do fim de uma união, o desgaste entre os genitores é sentido e ressentido não apenas pelas partes envolvidas, mas por todos os familiares, amigos e principalmente pelos filhos. Sem dúvida o momento de ruptura, é um evento doloroso para todos, mas não o pior. Toda a mazela decorrente, anterior e posterior,é que cria os maiores traumas.Nas decisões que chancelavam a vontade das partes em proteger o interesse dos filhos, visava manter um relacionamento de proximidade junto aos pais independente de qual deles exercesse a guarda física. Afinal, a responsabilidade agora é de ambos e não apenas de um dos genitores.A guarda compartilhada é uma realidade. O direito não possui todas as respostas e instrumentais necessários para verificar qual parte dará melhor atenção aos interesses do menor, ou se a resposta reside no compartilhamento desta guarda. Aos profissionais das ciências afins cabe maior responsabilidade nesta averiguação, mas são necessários cuidados e, acima de tudo, prudência (no sentido clássico da palavra, que é o de decidir com cuidado). Concluo que este trabalho não irá esgotar o conteúdo, mas com certeza trará muitas propostas e novas luzes sobre o tema.