Esta obra trata de um tema que temos construído em rodas de conversas com amigos colaboradores como Wellington Barros da Silva, parceiro em um capítulo e Professor na UFSE, e Thomas Mitschein, companheiro do Núcleo de Meio Ambiente - UFPA. Discutimos o caráter da Etnofarmácia enquanto ciência interdisciplinar, visto que apresenta uma matriz teórica fundamentada na interface entre as Ciências Sociais, a da Saúde e as Biológicas, elas contribuem para a construção do paradigma sócio-ambiental. Sua instrumentalização ancorada na aplicação e reaplicação de saberes e práticas da utilização de plantas medicinais; pode ser considerada uma tecnologia social inclusiva, pois, basicamente, está sustentada em ações e embasamento oriundos de três segmentos sociais: a academia, a gestão pública e as coletividades organizadas; tendo o laboratório de etnofarmácia como incubadora de projetos oriundos desses três setores sociais. Thomas avançou mais ainda na formulação do escopo do tema trazido neste livro: apontou para a contribuição da Etnofarmácia na construção de uma Biotecnologia Social, pois lida com vida de plantas, de usuários e da própria sociedade, na perspectiva inclusiva e sustentável.