Lacan foi o primeiro a incluir a pulsão invocante na lista das pulsões e a elevar a voz ao estatuto de objeto a. Erik Porge tenciona neste livro dar sequência adiante esse primeiro trilhamento. Entre as quatro pulsões, oral, anal, escópica, invocante, esta última tem o privilégio de ser a mais próxima da experiência do inconsciente. Ela tem também como especificidade concernir a dois orifícios do corpo, a boca e a orelha. Sob o nome de “estádio do eco”, o autor designa o momento estrutural que se situa nos confins do grito e do apelo da fala, e que, anterior ao estádio do espelho, dele participa. Em seu zelo de explicitação, revisita fenômenos clínicos como a ecolalia no autismo, posiciona a função do silêncio do analista e aborda questões de estrutura com a do supereu.