Após 30 anos longe do circuito editorial, Rubens Jardim, poeta paulistano da geração de 60, publica o livro Cantares da Paixão, com apresentação de Afonso Romano de Sant’Anna e prefácio de Cláudio Willer. O livro, publicado pela Editora Arte Paubrasil, reúne em 160 páginas fartamente ilustradas, alguns poemas já publicados em livros anteriores -- mas a grande maioria é constituída por poemas inéditos. Segundo Claudio Willer, poeta e crítico, o que caracteriza o trabalho de Rubens Jardim é ele querer "uma poesia total cujo centro é a palavra plena, mas que inclui o visual, o biográfico e o restante do contexto, daquilo que ocorreu nestas últimas décadas. No limite, aspira a uma síntese, através da qual se confundiria com seus poemas, e vice-versa: é a unidade sugerida pelo confronto, lado a lado, dos poemas sobre a rosa real e a rosa irreal; a coexistência do existente e do imaginado, do antiornato e do pleno pigmento. Para realizar essa síntese, a própria palavra tem que ultrapassar-se: daí criar vocábulos em alguns de seus poemas, além de explorar as possibilidades das homofonias e anagramas".