As mulheres chefes de domicílio e as empregadas domésticas enfrentam uma triste realidade: têm muito pouco e são quase nada em termos de cidadania. Esperam a libertação do próprio opressor! Não se organizam para lutar, ainda que possuam marcas humanas impressionantes, como a descoberta de que podem dar conta da família sem a presença de um homem ou de que, saindo de sua terra natal, aprenderam a enfrentar a vida com alguma determinação. Neste livro, é analisado até que ponto é possível fazer política social decente no neoliberalismo, a exemplo do que ocorre com tais mulheres. Elas, mais que outros pobres, mostram que esse sistema é impossível e intolerável. Meras assistências, ainda que cuidem da sobrevivência, não bastam, porque não redimem o sujeito capaz de história própria.