Em meio aos dilemas e aos dissensos em torno da promulgação de uma Base Nacional Comum Curricular, acirram-se os debates sobre os fundamentos e as intencionalidades das políticas públicas curriculares no Brasil. Nesse cenário, discutem-se a viabilidade e o direito de cada escola brasileira construir seu próprio currículo, utilizando a suposta impossibilidade dessa construção como argumento fundamentador de políticas curriculares que se produzem segundo uma vetorização, que parte dos gabinetes dos órgãos oficiais em que os especialistas são consultados em direção às escolas onde os currículos deverão ser implementados. Diante desse debate, propomo-nos, neste livro, o estudo do Movimento de Reorientação Curricular realizado durante a gestão de Paulo Freire, na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, de 1989 a 1992, por identificá-lo com a proposta de oferecer às escolas públicas paulistanas os subsídios necessários à construção curricular, visando estimular, por meio da [...]