Tendo em vista que constituições estabelecem marcos jurídicos, políticos e morais para um a sociedade, a possibilidade constitucional de se adotar ações afirmativas de cunho racial em universidades brasileiras será estudada sob dois marcos: primeiro, sob um marco jurídico-moral, a partir do princípio da dignidade humana; e segundo, sob um marco jurídico-político, a partir da análise de argumentos comumente levantados contra as ações afirmativas no Brasil. Defende-se aqui a existência de um direito individual constitucional à redistribuição no caso de ações afirmativas de cunho racial em universidades. Esse direito será delineado pela densificação do princípio da dignidade por outros princípios constitucionais, por um conceito normativo de ser humano e pelo contexto social no qual esse direito se insere.