Analisa a recepção das Cartas Chilenas, a famosa sátira atribuida a Tomas Antônio Gonzaga, escritas às vésperas da Inconfidência Mineira, que apresentaram-se desde o início como um instrumento pedagógico. A forma de cartas é importante recurso retórico que remete a naturalidade e parcialidade. Pesquisa, analisa e periodiza as permanências e as mudanças nessa postura interpretativa, procurando relações entre esta última e a apropriação das Cartas Chilenas, enquanto fonte histórica, nos anos compreendidos entre 1845 - primeira edição da sátira - e 1989, o bicentenário da Inconfidência mineira e centenário da Proclamação da República.