A discussão estabelecida neste livro não é um questionamento técnico! Não é nem poderia ser uma "profunda" lucubração jurídica. É, antes de qualquer coisa, uma discussão sobre o homem, sobre seu medo da extinção e sobre a perda de sua casa. O Direito Penal foi usado como instrumento, hábil por sinal, muito mais para revelar o caráter belicoso da vida em sociedade do que para expressar a consecução real ou imaginária dos "objetivos coletivos" escondidos por trás da aplicação das normas penais destinadas à proteção do meio ambiente. É uma demonstração daquilo que o homem é e da busca pelo que pode vir a ser. Isso é evidenciado a partir de instrumentos repressivos inerentes à tutela penal, que uma vez efetivados, podem trazer certo refrigério a uma sociedade cansada da exploração e da destruição causadas pelo homem. [...]