Vinte anos depois da construção da primeira linha francesa da nova geração, o bonde parece estar de volta para ficar. Metamorfoseado pela técnica e pelo design, ele se multiplica atualmente com a mesma velocidade com que havia desaparecido dos centros urbanos de pós-guerra. Cada nova infra-estrutura serve de aprendizado e inspiração para as seguintes, numa fascinante epopéia de acertos e desacertos que é relatada neste livro. A realização de uma nova rede de bondes revela-se bem mais complexa do que um simples procedimento técnico. Ela oferece a oportunidade política de uma renovação urbana global e de um profundo debate sobre temas ligados à mobilidade; preservação do meio ambiente, eqüidade social e sustentabilidade. O bonde torna-se assim um vetor do questionamento dos laços entre transporte públicos e desenvolvimento urbano - e do próprio conceito de cidade.