No meio da tarde lenta é um passeio lírico por uma tarde perdida no tempo em São Luís do Maranhão, em que o eu-lírico presencia transformações urbanas sensíveis na antiga capital dos azulejos. No meio da tarde lenta oferece outra perspectiva: a decadência de uma cidade de 400 anos, no ano de seu quatricentenário, que se esforça em realizar um simulacro de modernidade, dando de ombros para seu passado extremamente historicizado e para uma parcela considerável de sua cultura letrada e popular. É o tributo que o autor oferece à sua velha cidade, quatro vezes secular, saturado de amor e lamento.