Desde quando o cientista escocês Ian Wilmut conseguiu replicar o primeiro ser vivo o ovelha Dolly a partir de uma matriz adulta, abriram-se intensas polêmicas sobre as implicações que envolvem essas descobertas do campo genético. O inegável avanço científico, representado por tais experimentos, entra em choque com valores éticos fundamentais e despertam, em muitos, o temor de que tais técnicas podem conduzir a fins nefastos, como a criação de réplicas humanóides. É desse universo contraditório que Domingos Pellegrini um dos maiores escritores brasileiros da atualidade, retirou a matéria-prima de seu novo romance, Não somos humanos, em lançamento pela Editora Nova Alexandria. Com o subtítulo de Romance bioético, Pellegrini situa sua narrativa num futuro não muito distante, quando a ciência da clonagem se desenvolve a ponto de criar seres (chamados de hominis) para executar os trabalhos pesados.