Os dramas históricos de um continente dilacerado por abismos sociais e econômicos profundos foi o palco da utopia e da ruptura histórica surpreendente e engenhosa. Muito já se disse sobre as distâncias que separariam Nuestra America de si mesma, seu autodesconhecimento. Esse foi o sentido dos textos que compõem esse livro: permitir transitar desde o México do cinema e pintura saídos da revolução de 1910 e das proximidades das rebeliões de Canudos e Tomóchic para as complexas transições da ditadura brasileira de 1964, bem como dos caminhos do movimento operário argentino. Cultura e política se cruzam no espaço latino-americano para absorver a múltipla, densa e borbulhante História do continente. Uma obra com a ousadia de ajudar a tecer com fortes fios esses ricos e densos laços que nos são comuns.