A Boitempo lança, durante o Seminário internacional Marx: a criação destruidora, o maior e mais importante livro teórico do filósofo esloveno Slavoj Zizek. A filosofia ocidental tem se desenvolvido à sombra de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, de cuja influência cada novo pensador tenta, em vão, escapar. Seu idealismo absoluto tornou-se, assim, uma espécie de bicho-papão, obscurecendo o fato de ele ser o filósofo dominante da histórica transição à modernidade - período com o qual nosso tempo ainda guarda espantosas semelhanças. Hoje, à medida que o capitalismo global se autodestrói, iniciamos uma nova transição. Slavoj Zizek, um dos filósofos mais ambiciosos da atualidade, defende neste livro que é imperativo não apenas voltar a Hegel, mas repetir e exceder seus triunfos, superar suas limitações e ser ainda mais hegeliano que o mestre em si. Tal abordagem permite que o autor, sempre à luz da metapsicologia de Jacques Lacan, diagnostique nossa condição atual e trave um diálogo crítico com as principais vertentes do pensamento contemporâneo - Martin Heidegger, Alain Badiou, o realismo especulativo, a física quân tica e as ciências cognitivas. Obra-prima de Zizek, Menos que nada retoma o legado hegeliano e apresenta um desenvolvimento sistemático de sua filosofia.