Ninguém definiu melhor as reuniões em casa de Plínio Doyle do que um de seus freqüentadores mais assíduos, e, talvez, o seu inspirador - Carlos Drummond de Andrade- 'Não se pode dizer que se trata de uma microassembléia de literatos, mas antes da confluência de profissionais de variadas origens - professores, advogados, cientistas, homens públicos, além dos propriamente ditos poetas, contistas, romancistas, e ensaístas - que se oferecem algumas horas de vida em comum'. Os aficcionados do Sabadoyle eram assim - se reuniam na casa de Plínio Doyle, semanalmente, sem nenhum propósito prático ou utilitário. Não esperavam obter vantagens de qualquer espécie, nem fazer negócios. Era o simples prazer da convivência e da boa conversa, descompromissada e cordial, que os atraía. Assim nasceram as atas do Sabadoyle, zelosamente guardadas em grossos volumes encadernados com capricho, e já se disse ser impossível reconstituir a vida literária do Rio de Janeiro, no período em que se reuniu essa tão falada cotérie, sem recorrer a elas.