O desenho urbano – da expressão ao fato – é estudado neste trabalho, na perspectiva de sua caracterização intersemiótica. Mapeando possíveis estatutos científico-filosóficos a partir dos quais se erigem teoria e prática desse desenho, através do desvendamento das estruturas de montagem e das funções de linguagem que pode desempenhar, as organizações espácio-ambientais urbanas são aqui examinadas como Escritura. Evidenciando o múltiplo entrecruzamento de códigos – arte, ciência, ideologia – no fazer urbano, o estudo de Eduardo de Oliveira Elias, pondo em foco o trânsito das contradições natureza x cultura neste fazer, assinala de maneira original, os índices noológicos que enformam e informam tal Escritura. Perquirida nas instâncias da modernidade e pós-modernidade, a Escritura Urbana: Invasão da Forma, Evasão do Sentido é obra de grande interesse e utilidade – já por sua compreensão e análise interdisciplinares do fenômeno com o qual opera – seja nas áreas de arquitetura, seja no urbanismo, nas comunicações e nas artes sob à ótica de urgentes indagações.