A telenovela é uma paixão brasileira. Mesmo quem diz não gostar de novelas tem na memória algum título ou personagem marcante. Ela continua a líder da grade de televisão e o formato mais representativo do que chamamos de ficção televisiva, que inclui também séries, minisséries, telefilmes, soap operas e docudramas. Outros exemplos de ficção pautam um importante debate sobre as qualidades que nossas telenovelas e outras ficções possuem. A definição de qualidade é um assunto bastante complexo. Ironicamente, essa afirmação é um dos únicos pontos consensuais presentes nas discussões acerca do tema. Assim, poder-se-ia dizer que a qualidade de um programa nada mais é do que a capacidade crítica a partir de determinados pontos de vista sobre um programa específico. Nesse debate, sobressai este livro, que trata com ineditismo o tema da qualidade na TV. Aborda a qualidade por diversos pontos de vista e aprofunda a questão pautada em teoria aplicada à prática. O primeiro capítulo - Panorama da TV e da ficção televisiva para uma análise da qualidade - contextualiza a televisão no tempo-histórico brasileiro. O segundo capítulo - Sobre a qualidade na TV - apresenta e discute debates acerca do conceito de qualidade voltado à televisão e seus principais autores. Crítica e opinião é o assunto do terceiro capítulo, que ressalta a importância da crítica para se falar de qualidade e identifica os dois tipos de críticas, especializada e popular. O quarto capítulo - Manifestações da crítica e seus significados - aborda a importância do que seria o julgamento popular como representação da opinião pública. O quinto e último capítulo - Paralelo entre as críticas jornalística, acadêmica e popular - estabelece uma comparação entre as premiações e os questionários analisados, contrapondo três grupos de críticos (jornalistas, acadêmicos e o público).